sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Mulher pega 6 anos de prisão em Hong Kong por escravizar empregada. G1

Erwiana Sulistyaningsih chega a corte para o julgamento de sua ex-patroa, condenada por maus tratos contra ela, nesta sexta-feira (27) em Hong Kong (Foto: Vincent Yu/AP)Erwiana Sulistyaningsih chega a corte para o julgamento de sua ex-patroa, condenada por maus tratos contra ela, nesta sexta-feira (27) em Hong Kong (Foto: Vincent Yu/AP)
Uma mãe de família de Hong Kong foi condenada nesta sexta-feira (27) a seis anos de prisão por agredir e não alimentar sua empregada indonésia, que era proibida de sair de casa.
Law Wan-tun, de 44 anos, "não deu mostra de qualquer compaixão" com Erwiana Sulistyaningsih, de 24 anos, nem com seus outros empregados, anunciou o tribunal ao divulgar a sentença.
Ela considerava os empregados como pessoas "inferiores", afirmou a juíza Amanda Woodcock. No caso de Erwiana, recebia permissão 'apenas para descansar, dormir e comer'.
Law Wan-tung, ex-patroa de Erwiana Sulistyaningsih, em foto de arquivo. Ela foi condenada por escravizar a jovem (Foto: Tyrone Siu/Reuters)Law Wan-tung, ex-patroa de Erwiana Sulistyaningsih,
em foto de arquivo. Ela foi condenada por escravizar
a jovem (Foto: Tyrone Siu/Reuters)
A jovem contou em uma audiência em dezembro que recebia pequenas porções de arroz e pão, dormia apenas quatro horas e que foi agredida de maneira tão violenta que chegou a perder a consciência.
A promotoria explicou que a acusada usava cabides e vassouras como "armas" contra as empregadas.
A acusada, que tem dois filhos, foi considerada culpada de 18 das 20 acusações, incluindo agressão e ferimentos com agravante, ameaças e falta de pagamento de salários.
"É lamentável que este tipo de comportamento seja frequente", afirmou o tribunal, que "poderia ser evitado se as empregadas não fossem obrigadas a viver na casa dos patrões".
A juíza pediu às autoridades de Hong Kong e da Indonésia a abertura de uma investigação sobre as condições de trabalho das empregadas domésticas estrangeiras que trabalham na ex-colônia britânica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário